18.10.13

Disconnect - Cinematizando #02



Atenção, caros cidadãos participantes do ciclo de alienação. Trago-lhes, encarecidamente, um filme que sem dúvidas todas as pessoas que participam do meio virtual deviam desfruta-lo.

Não espere que eu lhe apresente, de forma alguma, uma apresentação “mastigada” do filme. Tirem suas conclusões ao assisti-lo. Porém, ofereço-lhes um começo. Que deste começo possa surgir uma possível excitação para com o filme.

E o Filme que lhes apresento é Disconnect. Dirigido por Henry Alex Rubin.


A intenet tornou-se sem dúvidas o meio mais usado, atualmente, e com essa informação fica a questão, “até onde a internet pode ser usada sem entrar em conflito com o mundo não virtual?”. E a resposta é, “não há limites entre os dois”. A internet está, constantemente, interferindo no mundo real, e vice e versa.

 O filme traz consigo uma abordagem mais alarmante das causas que essa falta de controle que a vida virtual pode acarretar. São abordadas varias narrativas, inicialmente, e no decorrer da história vão cruzando ou apresentando alguma ligação.

Quando comecei a assistir o filme, não estava esperando tamanha história, ou algum desfecho empolgante.  Apenas esperava mais um dos filmes norte-americanos de “perda de tempo”. Porém, ao desenvolver do filme fui surpreendido.

De forma envolvente e instrutiva, fora conseguido conciliar mazelas da sociedade atual que cada vez ganha mais destaque e merece mais atenção. Uma dessas narrativas apresenta um caso de cyberbullying. Onde o garoto “esquisito” do colégio é alvo de um perfil falso (fake), criado por alguns dos alunos do mesmo colégio, tentando ridiculariza-lo. Mas essas “brincadeiras” saem do controle quando é divulgada fotos dele sem roupas.

Eis que na segunda narrativa, uma jornalista entra em um site de sexo virtual a procura de algum rapaz que lhe possa render uma boa matéria para conseguir um destaque no local onde trabalha. Como nada nunca sai como o esperado. A matéria recebe milhares de elogios e é muito bem fala. Disso então é oferecida outra, com dimensões maiores e que teria que apresentar a identidade do rapaz. Ela acaba criando um vínculo com o rapaz e se recusa a comprometê-lo. No web site que ele trabalha funciona mais como uma casa de prostituição online, envolvendo menores o que torna esse uma das narrativas mais intrigantes.

E então, a última narrativa (que eu, particularmente, achei a menos sedutora para se assistir). Essa narrativa já aborda consigo vários conflitos. Porém, achei meio escassos de detalhes. Ele retrata a crise no casamento de um casal após a morte de sua filha quando ainda criança. O marido, ex-militar, tornou-se uma figura fechada com a esposa, e com isso ela busca um grupo virtual de ajuda em grupo. E passa a conversar com um usuário participante. Tempos depois os cartões começam a ser bloqueados, e as contas com compras não realizadas chegam. Ao buscar a polícia deparam-se com o fato de seu cartão ter sido clonado por um usuário do grupo que ela participava, mas a polícia não podia resolver o caso com uma eficiência “admirável”. Passam então os dois a buscar, independentemente, o homem que haviam clonado suas contas e cartões.

Como eu disse, anteriormente, a última narrativa deixou a desejar. Mas o filme consegue materializar de maneira no mínimo admirável as mazelas da “sociedade virtual”. E mantém uma boa fidelidade com a realidade.

Assisti ao filme, recentemente, e sugiro que assistam. Um dos melhores de 2012 e foi selecionado nos prestigiosos festivais de Toronto e Veneza em 2012.

 

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