Atenção, caros cidadãos participantes do ciclo de
alienação. Trago-lhes, encarecidamente, um filme que sem dúvidas todas as
pessoas que participam do meio virtual deviam desfruta-lo.
Não espere que eu lhe apresente, de forma alguma,
uma apresentação “mastigada” do filme. Tirem suas conclusões ao assisti-lo.
Porém, ofereço-lhes um começo. Que deste começo possa surgir uma possível
excitação para com o filme.
E o Filme que lhes apresento é Disconnect. Dirigido por Henry Alex
Rubin.
A intenet tornou-se sem dúvidas o meio mais usado,
atualmente, e com essa informação fica a questão, “até onde a internet pode ser
usada sem entrar em conflito com o mundo não virtual?”. E a resposta é, “não há
limites entre os dois”. A internet está, constantemente, interferindo no mundo
real, e vice e versa.
O filme traz
consigo uma abordagem mais alarmante das causas que essa falta de controle que
a vida virtual pode acarretar. São abordadas varias narrativas, inicialmente, e
no decorrer da história vão cruzando ou apresentando alguma ligação.
Quando comecei a assistir o filme, não estava
esperando tamanha história, ou algum desfecho empolgante. Apenas esperava mais um dos filmes
norte-americanos de “perda de tempo”. Porém, ao desenvolver do filme fui
surpreendido.
De forma envolvente e instrutiva, fora conseguido
conciliar mazelas da sociedade atual que cada vez ganha mais destaque e merece
mais atenção. Uma dessas narrativas apresenta um caso de cyberbullying. Onde o garoto “esquisito” do colégio é alvo de um
perfil falso (fake), criado por
alguns dos alunos do mesmo colégio, tentando ridiculariza-lo. Mas essas
“brincadeiras” saem do controle quando é divulgada fotos dele sem roupas.
Eis que na segunda narrativa, uma jornalista entra
em um site de sexo virtual a procura de algum rapaz que lhe possa render uma
boa matéria para conseguir um destaque no local onde trabalha. Como nada nunca
sai como o esperado. A matéria recebe milhares de elogios e é muito bem fala.
Disso então é oferecida outra, com dimensões maiores e que teria que apresentar
a identidade do rapaz. Ela acaba criando um vínculo com o rapaz e se recusa a
comprometê-lo. No web site que ele trabalha funciona mais como uma casa de
prostituição online, envolvendo menores o que torna esse uma das narrativas
mais intrigantes.
E então, a última narrativa (que eu,
particularmente, achei a menos sedutora para se assistir). Essa narrativa já
aborda consigo vários conflitos. Porém, achei meio escassos de detalhes. Ele
retrata a crise no casamento de um casal após a morte de sua filha quando ainda
criança. O marido, ex-militar, tornou-se uma figura fechada com a esposa, e com
isso ela busca um grupo virtual de ajuda em grupo. E passa a conversar com um
usuário participante. Tempos depois os cartões começam a ser bloqueados, e as
contas com compras não realizadas chegam. Ao buscar a polícia deparam-se com o
fato de seu cartão ter sido clonado por um usuário do grupo que ela
participava, mas a polícia não podia resolver o caso com uma eficiência
“admirável”. Passam então os dois a buscar, independentemente, o homem que haviam
clonado suas contas e cartões.
Como eu disse, anteriormente, a última narrativa
deixou a desejar. Mas o filme consegue materializar de maneira no mínimo
admirável as mazelas da “sociedade virtual”. E mantém uma boa fidelidade com a
realidade.
Assisti ao filme, recentemente, e sugiro que
assistam. Um dos melhores de 2012 e foi selecionado
nos prestigiosos festivais de Toronto e Veneza em 2012.
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